São Bernardo (1091-1153), monge cisterciense, doutor da Igreja
Meditação sobre a Paixão (atrib.), 6, 13-15; PL 184, 747
«Que eu jamais me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo»
(Gal 6,14). A cruz é a tua glória, a cruz é a tua soberania. Eis que tens a
soberania sobre os teus ombros (Is 9,5). Quem carrega a cruz carrega a
glória. É por isso que a cruz, que atemoriza os infiéis, é para os fiéis
mais bela que todas as árvores do Paraíso. Cristo temeu a cruz? E Pedro? E
André? Pelo contrário, desejaram-na. Cristo avançou para ela «como um
noivo que sai de seu aposento e se lança em sua carreira» (Sl 18,6): «Tenho
desejado ardentemente comer convosco esta Páscoa, antes de sofrer» (Lc
22,15). Ele comeu a Páscoa sofrendo a sua Paixão, quando passou deste mundo
ao Pai; na cruz, comeu e bebeu, inebriou-se e adormeceu. [...]
Quem poderá agora temer a cruz? Senhor, poderei dar a volta ao céu e à terra, ao mar e às planícies, que nunca Te encontrarei senão na cruz. É nela que dormes, nela que apascentas o teu rebanho, nela que repousas à hora do meio-dia (Ct 1,7). Sobre esta cruz, aquele que está unido ao seu Senhor canta suavemente: «Vós sois, Senhor, para mim um escudo; vós sois minha glória, vós me levantais a cabeça» (Sl 3,4). Ninguém Te procura, ninguém Te encontra, senão na cruz. Cruz de glória, enraíza-te em mim, para que eu seja encontrado em ti.
Quem poderá agora temer a cruz? Senhor, poderei dar a volta ao céu e à terra, ao mar e às planícies, que nunca Te encontrarei senão na cruz. É nela que dormes, nela que apascentas o teu rebanho, nela que repousas à hora do meio-dia (Ct 1,7). Sobre esta cruz, aquele que está unido ao seu Senhor canta suavemente: «Vós sois, Senhor, para mim um escudo; vós sois minha glória, vós me levantais a cabeça» (Sl 3,4). Ninguém Te procura, ninguém Te encontra, senão na cruz. Cruz de glória, enraíza-te em mim, para que eu seja encontrado em ti.
No comments:
Post a Comment