Para se consagrar a uma arte, para aprofundar uma ciência, o espírito precisa
de solidão e de isolamento; tem necessidade de recolhimento e silêncio. Mas
para a alma enamorada de Deus, para a alma que não vê nenhuma outra arte ou
ciência que não seja a vida de Jesus, para a alma que encontrou o tesouro
escondido na terra (Mt 13,44), o silêncio não é suficiente, nem o recolhimento
na solidão. Ela tem necessidade de se esconder de tudo, precisa de estar
escondida com Cristo, de encontrar um recanto da terra onde não cheguem os
olhos profanos do mundo e de permanecer aí sozinha com Deus. O segredo do rei
(Tb 12,7) deteriora-se e perde o brilho quando se revela. É este segredo do
rei que deve ser escondido para que ninguém o veja, este segredo que muitos
acreditam ser feito de comunicações divinas e de consolações sobrenaturais;
este segredo do rei, que invejamos aos santos, reduz-se muitas vezes a uma
cruz.
Não escondamos a luz debaixo do alqueire, diz Jesus (Mt 5, 15). [...] Proclamemos aos quatro ventos a nossa fé, enchamos o mundo com gritos de entusiasmo por um Deus tão bom, não nos cansemos de pregar o Evangelho e de dizer a todos aqueles que querem ouvir-nos que Cristo morreu amando, pregado no madeiro, que morreu por mim, por ti, por todos. Se O amamos verdadeiramente, não O escondamos, não ponhamos debaixo do alqueire a luz que pode iluminar os outros.
Pelo contrário, Jesus bendito, transportemos por dentro, e sem que ninguém saiba, este segredo divino, este segredo que Tu confias às almas que mais Te amam, esta partícula da Tua cruz, da Tua sede, dos Teus espinhos. Escondamos no canto mais recôndito da terra as nossas lágrimas, as nossas dores e as nossas mágoas, não enchamos o mundo de tristes gemidos, nem atinjamos ninguém com as nossas aflições. [...] Escondamo-nos com Cristo para O deixarmos participar, só a Ele, naquilo que, vendo bem, Lhe pertence: o segredo da cruz. Aprendamos de uma vez por todas, meditando na Sua vida, na Sua paixão e na Sua morte, que não há outro caminho para chegarmos até Ele senão o caminho da Sua santa cruz.
Não escondamos a luz debaixo do alqueire, diz Jesus (Mt 5, 15). [...] Proclamemos aos quatro ventos a nossa fé, enchamos o mundo com gritos de entusiasmo por um Deus tão bom, não nos cansemos de pregar o Evangelho e de dizer a todos aqueles que querem ouvir-nos que Cristo morreu amando, pregado no madeiro, que morreu por mim, por ti, por todos. Se O amamos verdadeiramente, não O escondamos, não ponhamos debaixo do alqueire a luz que pode iluminar os outros.
Pelo contrário, Jesus bendito, transportemos por dentro, e sem que ninguém saiba, este segredo divino, este segredo que Tu confias às almas que mais Te amam, esta partícula da Tua cruz, da Tua sede, dos Teus espinhos. Escondamos no canto mais recôndito da terra as nossas lágrimas, as nossas dores e as nossas mágoas, não enchamos o mundo de tristes gemidos, nem atinjamos ninguém com as nossas aflições. [...] Escondamo-nos com Cristo para O deixarmos participar, só a Ele, naquilo que, vendo bem, Lhe pertence: o segredo da cruz. Aprendamos de uma vez por todas, meditando na Sua vida, na Sua paixão e na Sua morte, que não há outro caminho para chegarmos até Ele senão o caminho da Sua santa cruz.