«Já vejo, Esposo meu, o que Vós sois
para mim;
Não o posso negar; por mim viestes ao mundo,
por mim passaste tão grandes trabalhos,
por mim sofrestes tantos açoites,
por mim ficastes no Santíssimo sacramento
e agora me fazeis tão grandíssimos regalos.
(…)
E que serei eu para Vós meu Deus?
Que pode fazer por Vós quem se deu tão mau
jeito
em perder as graças que me tendes feito?(…)
Ó amor! Que em
muitos lugares quisera eu repetir esta palavra,
porque só ele se pode atrever a dizer com a Esposa:
eu para meu amado. Ele dá-nos licença
para que pensemos que Ele tem necessidade de nós,
este verdadeiro amador, esposo e Bem meu.
Pois se ele nos dá licença, tornemos a dizer:
“Meu amado é para mim e eu para meu
Amado”.
Vós para mim, Senhor?
Pois se Vós vindes a mim,
porque duvido de poder-Vos servir muito?
Pois de aqui em diante, Senhor,
quero-me esquecer de mim e olhar só em que Vos posso
servir
e não ter vontade, mas sim a vossa.»
Santa Teresa de
Jesus, Conceitos do Amor de Deus 4,10-12
(via "Carmelitas")
No comments:
Post a Comment