Bento XVI se referiu a este texto como “um salmo de tipo festivo, uma oração que, na alegria, fala das maravilhas de Deus” e “celebra as grandes coisas que o Senhor realizou no seu povo e que continuamente realiza em todos os crentes”.
“O salmo fala de uma sorte restabelecida, isto é, restituída ao seu estado original, em toda a sua anterior positividade. Ou seja, parte-se de uma situação de sofrimento e de necessidade à qual Deus responde sendo a salvação e levando o orante à condição anterior, inclusive enriquecida e melhorada.”
O texto, explicou o Papa, deve interpretar-se “em referência ao final da deportação em terra estrangeira”, mas também “como um maravilhoso retorno à fé, à confiança, à comunhão com o Senhor”.
Neste contexto, o Pontífice destacou que “as intervenções divinas têm, muitas vezes, formas inesperadas, que vão além do que o homem pode imaginar”.
“Deus faz maravilhas na história dos homens – afirmou. Realizando a salvação, revela-se a todos como Senhor potente e misericordioso, refúgio do oprimido, que não se esquece do lamento dos pobres, que ama a justiça e o direito e de cujo amor está cheia a terra.”
“Na nossa oração – continuou o Papa –, devemos considerar mais frequentemente como, nos acontecimentos da nossa vida, o Senhor nos protegeu, guiou, ajudou e, assim, louvá-lo por tudo o que fez por nós. Devemos estar atentos às coisas que Deus nos dá.”
“Estamos sempre pendentes dos problemas, das dificuldades e quase não queremos perceber as coisas boas que vêm do Senhor”, advertiu.
No entanto, destacou, “esta atenção, que se converte em gratidão, é muito importante para nós e nos cria uma lembrança do bem que nos ajuda também nas horas de escuridão”.
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