«Compreendi que, se na natureza,
Jesus Se compraz em semear
sob os nossos passos maravilhas tão encantadoras,
não é senão para nos ajudar a adivinhar
mistérios mais ocultos
e de uma ordem superior que Ele por vezes realiza nas
almas».
Santa Teresa do
Menino Jesus, Carta 134
A natureza, Senhor,
é reflexo da Tua Beleza infinita.
Por isso, a contemplação das maravilhas da
Criação
levava-me a um profundo recolhimento
e a mergulhar numa sintonia com o Criador.
A Santa Teresinha,
até uma tempestade a extasiava:
“A propósito de nuvens, lembro-me de que um dia
[…]
a tempestade começou a bramir;
os relâmpagos rasgavam as nuvens sombrias,
e vi cair uma faísca a pouca distância.
Longe de ficar assustada, estava encantada;
parecia-me que Deus estava muito próximo de
mim!…” [MsA 14v].
E eu? Serei capaz de
“sentir Deus perto de mim”
no contacto com a natureza?
Já alguma vez pensei que todos os dias
Deus coloca diante dos meus olhos mil maravilhas
pelas quais passo indiferente?
Não será
isto viver à superfície de mim mesmo
e da beleza que me rodeia?
Sei louvá-l’O perante o espectáculo
de um belíssimo pôr-do-sol ou de um amanhecer?
Ensina-me, Senhor, a ver todas as criaturas
como um sacramento da tua própria beleza!
(via "Carmelitas")
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