Excerto do discurso do Santo Padre aos Cardeais e Prelados da Cúria Romana, em 22-XII-05, na tradicional audiência de bons votos do Natal.
“A palavra «adoração» leva-nos ao segundo grande acontecimento sobre o qual gostaria de falar: o Sínodo dos Bispos e o Ano da Eucaristia. O Papa João Paulo II, com a Encíclica Ecclesia de Eucharistia e com a Carta Apostólica Mane nobiscum, Domine, já nos tinha dado as indicações essenciais e, ao mesmo tempo, com a sua experiência pessoal da fé eucarística, tinha concretizado o ensinamento da Igreja.
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Gostaria apenas de salientar mais uma vez aquele ponto que, há pouco, já recordámos no contexto da Jornada Mundial da Juventude : a adoração do Senhor ressuscitado, presente na Eucaristia com a carne e o sangue, com o corpo e a alma, com a divindade e a humanidade. É comovedor para mim, ver como em toda a parte na Igreja se está a despertar a alegria da adoração eucarística e se manifestam os seus frutos. No período da reforma litúrgica, muitas vezes a Missa considerada como Ceia eucarística e a adoração do Ssmo. Sacramento eram vistas como que em contraste entre si: o Pão eucarístico não nos teria sido dado para ser contemplado, mas para ser comido, segundo uma objecção então difusa. Na experiência de oração da Igreja já se manifestou a falta de sentido de tal contraposição. Já Agostinho dissera: «...nemo autem illam carnem manducat, nisi prius adoraverit;... peccemus non adorando – Ninguém come esta carne, sem antes a adorar;... pecaríamos, se não a adorássemos» (cf. Enarr. in Ps 98, 9, CCL XXXIX, 1385)".
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